Significado:
É quando um homem explica ou comenta algo para uma mulher de forma condescende, ou seja, de forma desnecessária, confiante e muitas vezes imprecisa e de forma simplista.
Origem:
O termo é uma junção de “man” (homem) e “splaining” (explicar), e em tradução livre, quer dizer “homens que explicam”. O termo foi inspirado por um ensaio “Os homens explicam coisas para mim: os fatos não ficaram em seu caminho”, escrito por Rebecca Solnit. A autora atribui o fenômeno a uma combinação de “excesso de confiança e falta de noção” dos homens.
Em que situações pode ocorrer:
Em seu uso original, o mansplaining se diferenciava de outras formas de condescendência, na medida em que se baseia na suposição de que um homem provavelmente tem mais conhecimento do que uma mulher. No entanto, o termo passou a ser usado de forma mais ampla, muitas vezes aplicado quando um homem toma um tom condescendente em uma explicação para qualquer pessoa, independentemente da idade ou sexo dos destinatários pretendidos. Em 2010, mansplaining foi nomeado pelo New York Times como uma das suas “Palavras do Ano”.
Por que isso ocorre?
O mansplaning, acontece por conta da incapacidade de julgar uma mulher capaz: mulheres sempre serão inferiores até mesmo para o mais medíocre dos homens. Também é uma necessidade inconsciente de desvalorizar o conhecimento de uma mulher, deixando-a insegura de suas habilidades.
Existe a crença machista de que a “mulher fala demais”. Entretanto, pelo contrário, as pesquisas mostram que, geralmente, as mulheres são mais silenciosas do que os homens. Isso evidencia que, para o homem, portanto, qualquer frase de uma mulher é “falar demais”. Talvez seja por isso que sintam a necessidade de explicar tudo como se fossem os seres supremos do conhecimento.
É importante que exista o nome “mansplaning” para o fenômeno, pois quando conseguimos nomear um problema, ele parece mais palpável e tátil e, assim, mais fácil de solucioná-lo. Hoje é muito mais comum ver mulheres reclamando do mansplaning do que antigamente, apesar de ser uma prática usada há tempos, provavelmente desde os primórdios da humanidade.
Como acabar com isso?
Se você é uma mulher, preste atenção nas conversas com seus amigos homens e não se deixe ser silenciada ou diminuída. Diga sempre coisas como: “acho que eu tenho mais propriedade nesta área do que você” ou “eu não preciso que você me explique”.